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Queen e Paul Rodgers mostram que passado não é coisa de museu




Por: Cadhu Cardoso

Fotos: Gabriela Magnani



Os que hesitaram e não foram assistir ao show do grupo Queen, com o vocal de Paul Rodgers, no HSBC Arena, no sábado (29/11), para divulgar o álbum “The Cosmos rocks” não reviveram sucessos inesquecíveis da carreira da banda e não têm idéia do que perderam. A banda formada por Brian May (guitarra e voz), Roger Taylor (bateria e voz) e pelo ex-vocalista do Bad Company, Paul Rogers, foi acompanhada por Danny Miranda (baixo), Jimi Moses (guitarra) e Spike Edney (teclados) e fez os fãs presentes ao show unirem sentimentos distintos: saudade e entusiasmo.

Saudade por lembrarem, os que lá estiveram no histórico show do Rock in Rio I, há quase 24 anos, de canções como a famosa balada “Love of my life”, cantada ao vivo na ocasião pelo saudoso vocalista Freddie Mercury e desta vez levada ao violão por Brian e pela platéia em uníssono. Empolgação pelo fato dos 7.000 espectadores poderem ver que os músicos do Queen estão ao lado de Roger, um cantor que mantém o patamar de excelência alcançado pelo ex-vocalista durante todo o tempo em que liderou a banda inglesa.

Nas duas horas e meia de espetáculo, houve espaço para tudo. Inumeráveis hits como a fantástica “Under Pressure” (assista ao vídeo acima), tão vibrante na apresentação que poderia até fazer o falecido cantor se balançar no túmulo, e petardos do tipo “Tie mother down” (tocada logo no início), “Will will rock you” e a irônnica “Radio Gaga”, composta há cerca de 25 anos, cuja letra já afirmava que os sucessos musicais apenas através do rádio já eram algo defasado não poderiam estar fora do repertório. E, claro, lembranças dos bons tempos da carreira de Rogers na década de 70, como “Feel like making loving”, não foram esquecidos.

Em um show tão rico e fabuloso, musicalmente, dois momentos sublimes tornaram-no ainda mais memorável. Se é que isso é possível. “Bohemian rhapsody", a belíssima canção na qual o atual vocalista teve a humildade de mostrar que o vocal de Freddie é insuperável e aceitou ser substituído, com o auxílio da tecnologia, que tornou viável um dueto entre Freddie (em uma imagem onde interpreta a música pelo telão) e seus ex-companheiros de banda conquistou a todos. Foi de emocionar o mais indiferente ser da face da terra, amante de boa música.

O outro destaque foi “We are the Champions”, cantada a plenos pulmões pela platéia, fossem os mais jovens, fossem os mais velhos. Estes guardarão para sempre o que viveram e dirão àqueles das gerações mais recentes: “Vocês não imaginam o que foi o show do Queen em 85. Mas o show desta noite é o suficiente para vocês não se lamentarem do que não viveram”. Eu que o diga!


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Classificação: Excelente


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