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Dream Theater faz belo show no Rio de Janeiro: Pouco papo e Muito som


     
     
      
     "É um grande prazer estar de volta, Rio!" disse o vocalista James LaBrie, logo no início do show, após o grupo ser ovacionado ao fim de "Never enough", do álbum "Octavarium" (2005). A partir daí, nada mais foi dito. O que veio a seguir foi apenas a execução de clássicos. "Surronded" (do 1º disco) foi um deles, junto com músicas dos outros cds da carreira e do novo álbum da banda "Systematic Chaos", 9° disco de estúdio do grupo de Nova Iorque, tocadas em um Citibank Hall lotado e com uma platéia hipnotizada durante as duras horas de apresentação do Dream Theater, em seu retorno ao Brasil.

    Acompanhados por fãs alucinados, que vibravam intensamente a todo instante como se fossem torcedores assistindo a uma final de Copa do mundo, o quinteto não pisou na bola. Os arranjos, acompanhamentos e solos exibiam todo o virtuosismo de seus músicos. O guitarrista John Petrucci, o tecladista Jordan Rudess, o baixista John Myung e o baterista e percussionista Mike Portnoy, que passa uma batida que ajuda a caracterizar ainda mais o grupo com sonoridade poderosa, impressionavam não só os leigos como também músicos profissionais e adeptos do estilo de Metal e Rock Progressivo.

    A hipnose se tornou completa quando, no telão, imagens de clips das músicas que estavam tocando ao vivo como "Blind Faith" começaram a se mesclar com imagens de seus músicos exibindo talento em seus instrumentos com belas paisagens ao fundo. Durante toda a noite, inúmeras guitarras fictícias eram empunhadas, e os fãs moviam os braços a cada tempo e a cada compasso das músicas mais pesadas, o que fazia a banda americana alcançar maior magnitude no palco.

      

    "In the presence of enemies, Part I" foi uma verdadeira aula de Rock progressivo. Depois dela, a sublime "Octavarium", um pouco mais curta do que a versão original, fechou o show de uma grande banda de rock pesado, tecnicamente muito bem executado e que vai do Metal mais clássico até o Rock progressivo de forma brilhante e a torna uma das bandas mais respeitadas e consagradas do estilo.

    No bis, mandaram um pout-pourri com "Trial tears", "Final free", "Leaarnig to live" e "In the name of god". Ao final, um fã conseguiu furar o bloqueio dos seguranças e subiu ao palco para abraçar o vocalista LaBrie. Foi recebido com gentileza por ele, que o cumprimentou calorosamente, antes de o rapaz ser retirado do palco. James Labrie mostrou uma simpatia digna dos grandes nomes do mundo artístico, aqueles que não precisam provar mais nada a ninguém e sabem o legado que já conseguiram transmitir.

   Foi um momento breve, mas que sintetizou exatamente a admiração e o respeito dos aficcionados seguidores da banda. Ficaram faltando músicas como a famosa "Metropolis", que foi pedida em coro e "I walk beside you". Mas teve alguém que saiu lastimando? Podem me perguntar e eu respondo: "Não, eu garanto". Afinal, depois de um show deste, não há como alguém sair contrafeito.

     Absixo, vídeo do youtube de Metropolis, ausente no show. Com certeza, fica para a próxima e que seja em breve!

     



     Fotos cedidas por Rodrigo Simas

      


Foto(s) relacionada(s):   Dream Theater    


Classificação: Excelente


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