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Homenagem tardia mas fundamental


     

Os fãs de Jazz e da boa música perderam no dia 24 de dezembro último um dos maiores nomes do estilo de todos os tempos: o pianista canadense Oscar Peterson Vítima de insuficiência renal, o grande músico faleceu aos 82 anos.

Mas, deixando a lamentação de lado, fica aqui registrado o meu agradecimento pelo talento e por toda a energia que irradiou nos mais de 300 discos que lançou por todo seu labor poético.

O Marajá dos teclados (apelido que recebeu devido à sua genialidade) possuía uma técnica espantosa, capaz de atingir, com precisão, notas e mais notas com suingue e muita melodia, o que deixava boquiabertos não só os jazzófilos como todos em geral.

O fantástico músico se apresentou no Brasil diversas vezes. Fã da boa música brasileira, chegou a gravar “Corcovado” e “Garota de Ipanema”. A sua última visita ao Brasil, ocorreu em São Paulo, em 1998, já depois do derrame que afetou para sempre o movimento de sua mão esquerda.

Peterson, segundo relato dele próprio, foi atingido pelo inaceitável racismo, de uma forma repugnante e inacreditável.

Certa vez, após ter se deparado com um fã que comparecia a inúmeras apresentações que fazia por cidades do Canadá, o pianista o convidou para ir até seu camarim. Disse-lhe que já o tinha visto em muitos dos seus shows pelo país várias vezes e agradeceu a ele por prestigiá-lo, bem como à sua música.

Estendeu, então, sua mão para cumprimentá-lo. O indivíduo deu um passo para trás e respondeu: “Realmente, sou seu fã. Mas não posso apertar sua mão porque você é negro.”

Peterson não se abalou, respirou fundo e se retirou educadamente. Teve a grandeza dos Mestres e continuou com a sua música por muitos anos. Gênio da música, descanse em paz!

Abaixo, aos que se interessarem, um pouco das suas inesquecíveis performances e a indicação de um site ligado ao artista.



http://oscarpeterson.com/news/

Foto: Divulgação

Foto(s) relacionada(s):   Oscar Peterson    


Classificação: Excelente


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