Cadhu Cardoso

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Nilton Santos: A lenda do futebol que jogava por música

Ao me encaminhar no domingo, 06/12, para assistir ao documentário "Ídolo", que reconta a trajetória de Nilton Santos (foto), um dos maiores ídolos do Fogão e eleito pela Fifa como o maior lateral-esquerdo de todos os tempos do futebol, tive o prazer de conversar e de conhecer o senhor Silvino Soares de 79 anos. Morador do bairro de Santa Cruz, torcedor do América, fã do bom futebol e logicamente admirador do lendário Nilton Santos, ele declarou. "Não podia deixar de prestigiar e assistir a este filme". Mesmo sozinho e vindo de um bairro distante, Seu Silvino não parecia cansado. Estava pronto para curtir o merecido documentário. "Idolo" foi produzido por Ricardo Macedo e Ricardo Calvet e lançado no Festival de cinema do Rio, de 2015. Eu tive a honra de conhecer Nilton pessoalmente e posso garantir que a modéstia dele não era lenda. Realmente, ele parecia não perceber que era, realmente, uma lenda viva.

Diversos depoimentos de jogadores consagrados e admiradores de Nilton permeiam o filme (assista ao vídeo). Ganhador de 2 Copas do Mundo, as de 58 e de 62, com uma carreira brilhante de 17 anos no Botafogo, ganhador de diversos títulos pelo Glorioso, ele foi o 1º lateral a ousar atacar e não apenas ajudar a defesa.

Falecido no dia 27 de novembro de 2013, aos 88 anos, Nilton Santos já havia sido considerado pela Fifa o melhor lateral esquerdo da história, em 2000. As atuais homenagens nunca serão vistas pelo eterno ícone do Alvinegro e da Seleção Brasileira, mas darão às novas gerações a oportunidade de conhecer e celebrar seus feitos.

O filme é ilustrado com imagens de Nilton Santos (foto) nas quatro Copas do Mundo em que esteve presente (1950, 1954, 1958 e 1962). O longa tem ainda entrevistas e imagens de grandes nomes do futebol brasileiro e mundial tais como Zagallo, Zico, Junior, Just Fontaine, Carlos Alberto Torres, Amarildo (ex craque do Fogão), Djalma Santos, do comentarista especializados Luis Mendes e Paulo Vinícius Coelho, o famoso PVC. Nilton foi para a Cidade de Araruama/RJ para tentar se recuperar da doença que sofria, Mal de alzheimer. Foi acompanhado e amparado por sua ex-esposa, também já falecida e pela diretoria do Fogão, mas não teve jeito. Foi se a lenda mas ficou o seu legado. Obrigado por tudo, Nilton!

Foto(s) relacionada(s): A Enciclopédia do Futebol é lembrado em justo documentário

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