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The Rakes fecham o Indie Rock Festival


Na segunda noite do Indie Rock festival no Circo Voador, na última quinta-feira, o público foi ainda menor do que o da noite anterior. A noite começou com o show do Nação Zumbi. Bom sinal para uma noite em que as atrações brasileiras buscavam estar em mais em sintonia com o público e fazerem apresentações mais atraentes para as cerca de 600 pessoas que prestigiavam o evento.

E como de hábito, o grupo pernambucano fez um ótimo show. Tocando sucessos como a regravação de “Maracatu Atômico” de Jorge Maltner, “Mangue Town” e “A cidade” , a banda puxou o público do lado de fora da tenda para cantar e relembrar grandes momentos do grupo do saudoso Chico Science.

A seguir, o Móveis Coloniais de Aracaju, banda de Brasília (apesar do nome) formada por dez músicos que misturam na mesma cesta rock, ska e até ritmos do leste europeu, foi muito bem recebida por um público bem jovem e de celebraidades como a global Priscila Fantin.

Criada em 1998, o Móveis Coloniais lançou seu primeiro disco intitulado Idem (2005). O Móveis Coloniais de Acaju é composto por André Gonzales (vocal); BC (guitarra); Beto Mejía (flauta transversal); Eduardo Borém (gaita cromática, escaleta e teclados); Esdras Nogueira (sax barítono); Fabio Pedroza (baixo); Leonardo Bursztyn (guitarra); Paulo Rogério (sax tenor); Renato Rojas (bateria); e Xande Bursztyn (trombone).

Ao fim, o vocalista André Gonzales declarou que se apresentavam pela primeira vez na tradicional Casa da Lapa e comentou: “É um grande prazer estarmos vindo tocar pela primeira vez neste lugar tão importante. E brincou dizendo que este era o mote para tocarem uma de suas músicas mais sentimentais: “Sem palavras” E, sem palavras, ficaram os fãs e os presentes quando André desceu à pista para cantar e ensaiar passos junto com a platéia. Foi algo inusitado e divertido que agradou em cheio.

Para finalizar o festival, a banda londrina The Rakes começou sua apresentação pouco antes da uma da manhã. Com três anos de carreira, apenas dois discos lançados sendo que o segundo ainda nem foi lançado no Brasil, e forte influência do grupo britânico Blur, o grupo tentou aquecer o show tocando logo no início “We danced together” , single vibrante e agitado.

A receita funcionou em parte. Diferentemente do Magic Numbers, que mesmo não dominando o idioma brasileiro conseguiu cativar e encantar os presentes, o grupo liderado por Alan Donohoe e pelo ótimo guitarrista Matthew Swinnerton bem que se esforçou mas, era possível de se notar que mesmo com a animação do público, não havia uma perfeita união da banda com os espectadores e fãs. Ficou parecendo ser algo “Fake” .

“Retreat” e “Open book” , não tiveram a força ao vivo que se esperava. Mas, culpar a banda por isso? Claro que não. Talvez, o fato de não terem suas músicas tão conhecidas no Brasil, até mesmo por aqueles que se dizem fã, enfraqueceu o show. Alan, no palco, tem um jeito irrequieto que lembra o vocalista da banda inglesa Pulp (Jarvis Coker) . Só que lhe falta, provavelmente, por causa da pouca idade, algo chamado carisma.


Classificação: Fraco


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