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O Tremendão Erasmo Carlos retorna aos palcos em grande estilo Por Cadhu Cardoso Fotos Fabiane Barreto Em sua apresentação, na última sexta-feira, em um Vivo Rio cheio mas não lotado, o Tremendão Erasmo Carlos divulgou seu novo trabalho, o cd “Rock´N´Roll”, homônimo do novo show que também leva o título de “Rock´N´Roll”. O show foi prestigiado por nomes como o músico Lenine e o ator Eduardo Galvão. O espetáculo foi um resgate às influências do início de sua carreira como Bill Harley e também a chance do artista relembrar antigos sucessos, matando a saudade, por aproximadamente uma hora meia, de um público ávido em ver um show só seu, há mais de 4 anos. Aos 68 anos, o Tremendão dividiu o palco com músicos de diferentes gerações, mas todos com um ponto em comum: o talento. Talento este que permitiu ao músico relembrar sua antiga paixão pelo Rock e também clássicos como “É preciso saber viver”, “É proibido fumar”, “Fama de mau” bem como mostrar novas canções. “A guitarra é uma mulher” e “Chuva ácida”, ambas em parceria com Nelson Motta, foram algumas delas. No repertório do show também estavam clássicos da carreira do músico que não poderiam ficar de fora. “Sentado à Beira do Caminho” (Erasmo Carlos/Roberto Carlos), foi entoada em coro pela platéia, “Fama de Mau” (Erasmo Carlos/Roberto Carlos), “Mulher” (Erasmo Carlos/Narinha), “Cover” (Erasmo Carlos) (com presença de bailarinos vestidos como famosos), “Olhar de Mangá” (Erasmo Carlos), “Jogo Sujo” (Erasmo Carlos) estavam no set list. Antes da execução de “Gatinha manhosa”, ironizou: “Os Sones não podem deixar de tocar “Satisfaction”, Cauby não pode deixar de cantar “Conceição” e eu não posso deixar de cantar esta canção”. Veio então com a balada “Gatinha manhosa” para delírio das senhoras próximas ao cantor. Sua amizade e parceria musical com Roberto Carlos, claro, não deixaram de ser citadas. Ele descreveu essa amizade usando uma parábola (sic) do saudoso Luiz Gonzaga. ”Minha amizade por ele é pequenina, miudinha, quase nada. Mas não existe outra mais bonita”. Com arranjos do maestro José Lourenço (teclados), que há 25 anos toca com Erasmo, com Dadi Carvalho (músico , como ele disse, emprestado por Marisa Monte para fazer parte da nova turnê e que trocou o baixo pela guitarra), Billy Brandão (guitarra solo) e com os novatos e empolgados músicos da banda “Filhos de Judith” Pedro Loppez (baixo, 27 anos), Luiz Loppez (guitarra, 28 anos) e Alan Fontenele (bateria, 26 anos), que gravaram vocais no seu mais recente disco e o acompanham na nova turnê, o show foi empolgante. Dividindo o palco, já no bis, com o renomado produtor Liminha, produtor do novo álbum, o Tremendão formou um grupo sólido e bastante coeso. Meio-ambiente é sempre lembrado Merecem destaques a excelente sintonia de os todos componentes da banda com Erasmo e a forma como os músicos mais jovens assimilaram a mensagem das letras das composições, incorporando tudo isso na força e na precisão dos sons que tiravam dos seus instrumentos, de forma honesta e pungente. A famosa. “Que tudo mais vá para o inferno”, com uma nova roupagem e com um peso aliado a um belo jogo de imagens no telão, evidenciou isso. O respeito e a importância dados ao meio-ambiente, desde a década de 70, não ficaram esquecidos. “Já falo sobre isso muito antes de Bono Vox e cia”, alfinetou antes de cantar "Tubarões". A forma como Erasmo lida com o envelhecimento é também louvável. Com o rosto limpo, sem esconder a careca ou a cara de “vovô”, brinca naturalmente com a idade em situações como as do comentário que fez após encerrar uma música do show e erguer uma garrafa de água para saciar a sede: “ Os tempos mudaram”, disse ele para risadas dos fãs. Porém, o respeito e a admiração que as pessoas nutrem por Erasmo Carlos continuam os mesmos. Comentários do show de Roberto Carlos no Maracanã no link http://www.cadhucardoso.com/index.php?pg=public&list=1&id=234 Foto(s) relacionada(s): O Tremendão Erasmo Carlos volta com tudo aos palcos Classificação: Deixe aqui seu comentário - Recomende este artigo! « Voltar |
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