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Testament faz ótimo show no Rio


Após 18 anos, o grupo de Thrash Metal norte-americano Testament voltou ao Rio para se apresentar na noite da última sexta no Canecão. Com um bom público, composto em grande parte por fãs que acompanham o trabalho da banda há muitos anos, a casa de shows de Botafogo foi palco de uma noite marcante para aqueles que aguardavam ansiosamente a volta do quinteto californiano a terras brasileiras.

Após a abertura do competente grupo carioca de Heavy Metal, Taurus, a banda da ensolarada Califórnia subiu ao palco às 11:45 com sua formação original: Chuck Billy nos vocais, Eric Peterson e Alex Skolnick (guitarras), Louie Clemente (bateria) e Greg Christian (baixo), todos com propósito bem definido: Saciar a fome de bom Metal dos que lá estavam e mostrar que continuam fazendo um som de forma compacta e com muito peso.

Sem muito papo, o show se iniciou com os clássicos “Preacher” e “The New Order”, que agitaram a platéia e “incendiaram” o local. Depois, tocaram músicas de vários dos 14 álbuns da carreira, tal como o aclamado “The Gathering”, de 1999. Este cd os levou ao auge do sucesso no mundo do Metal e consolidou o trabalho do Testament, perante crítica e público, como o melhor grupo e maior expoente de thrash no mundo.

Com sua feição indiana e dono de uma voz grave, que remete aos estrondos de um trovão, o vocalista Chuck (que retornou à ativa, depois de ficar curado de um câncer), saudou o público carioca dizendo: “Estamos felizes por voltarmos após tantos anos”. A única passagem do Testament pelo Brasil tinha sido no longínquo ano de 1989, quando se apresentou em São Paulo, trazidos por Max Cavallera, ex-líder do Sepultura. O que se viu então, foi um show que relembrou grandes sucessos como “Trial by fire” e “Three days”.

O quinteto norte-americano seguiu corretamente os dizeres de uma das letras de sua música “Practice”. Ou seja, praticou aquilo que pregava. Essa pregação era o mais genuíno “Metal” com a qualidade que faz o grupo continuar a juntar cada vez mais fãs, tornando-se uma referência para os adeptos do estilo em todo mundo e influenciando a sonoridade de músicos desse estilo por todo o planeta.

As composições receberam um cuidado sublime nos arranjos de determinadas músicas. Uma delas foi “Legacy”. O trato dado pelo virtuoso guitarrista Alex Skolnick, fã particular de jazz, no início da execução da música, foi um primor. Foi uma ponte perfeita para o petardo que viria a seguir. Ademais, a sintonia entre os ótimos músicos do grupo e a voz de Chuck Billy permitiram criar uma simbiose belíssima do conjunto com a platéia que interagiu fervorosamente, como em quase todas as músicas durante a apresentação e transformou a esperada noite em uma noite digna do bom e velho Heavy Metal com músicos amadurecidos, de mais de 20 anos de estrada e que ainda têm muito fôlego para mostrar o seu som.

Set List

Preacher
The New Order
The hauting
Electric crown
Sins of omission
DNR
Three days
Trial by fire
Practice
Souls of Black
Legacy
In the pit
On the wall
Alone in the dark

BIS:
Disciples of the watch
Burn’t offering


Classificação: Ótimo


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