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Radiohead faz show de nível de Escola de Samba no desfile das campeãs no sambódromo Fotos Gabriela Magnani Após tanta expectativa, a espera de milhares de pessoas foi recompensada. E como foi! O primeiro show do grupo inglês Radiohead no Brasil, que aconteceu na Apoteose, na sexta (20/03), foi fantástico. O vocalista Thom Yorke e banda estavam cientes do quanto eram esperados no país pelos fãs e pela crítica especializada. Los Hermanos e Kraftwerk, fizeram shows enxutos e bem recebidos pela platéia. Ajudaram a aquecer a noite e deixaram o campo propício para o grupo de Oxford e para um público de aproximadamente 24 mil pessoas prontas para assistir ao tão aguardado show da banda inglesa. Muitos e muitos foram se aproximando do palco (eu inclusive), sequiosos pela chance de vê-los e confirmar se toda a fama e respeitabilidade que possuem no mercado é realmente merecida. A apresentação começou com 10 minutos de atraso. Durante duas horas, o quinteto varreu todas as fases da carreira, com músicas destes quase 20 anos de estrada. Tocaram todas as músicas do álbum In Rainbows como “House of cards” e clássicos com “No Surprises”, “Karma police” e “Paranoid android” (todas do lendário álbum Ok Computer) e surpreenderam disparando o hino “Creep”., do primeiro cd Pablo Honey,, de 1993, ao final do show, repetindo o que fizeram no México. Só faltou mesmo a belíssima “Fake plastic trees”, que rolou no bis em São Paulo. Pisada na bola. E das brabas! Mas deixa passar. Thom Yorke (vocais, guitarra, piano), Jonny Greenwood (guitarra), Ed O"Brien (guitarra), Colin Greenwood (baixo, sintetizador, irmão de Jonny) e Phil Selway (bateria, percussão) estavam ali. Eles se apresentaram com um modesto “Boa noite, nós somos, o Radiohead” (dito em português). Ed já passou pelo país 3 vezes e tem um filho com nome de Salvador, em homenagem à cidade. “E eu sou Cadhu Cardoso, Thom (pensei eu)”. Esperei muito por este show. Quero ver o que vai rolar. Thom York solta o verbo E vi muita coisa: Tubos cilíndricos dando um ar bem futurista, o som característico das guitarras aliadas a sintetizadores, o jeito despojado de tocar para uma multidão como se estivessem fazendo um som em um local menor ou ensaiando, as inovações criativas na busca da sonoridade, a potência sonora do áudio e a imagens “muita loucas”, com telões, que exibiam imagens entrecortadas dos músicos...Estava tudo ali: firme e forte. Mas duas frases proferidas por eles ficaram na minha memória. A primeira foi: “Esta é por todas as vezes em que a América do Norte tentou fu... vocês”, dita pelo reservado Thom, antes da banda vir no segundo bis com a música, “You and whose army?”, do álbum “Amnesiac”. Esperto que é, Yorke sabe que a América se divide em três partes. Não é apenas a América, como muitos norte-americanos se referem aos Estados Unidos. Ao outra frase foi do guitarrista Ed o"Brien: “Bom pra c...". Isso digo eu, Ed. A espera pela apresentação da banda foi compensada e em muito. Longa vida ao Radiohead! Foto(s) relacionada(s): Radiohead faz um show alucinante na Praça da Apoteose Classificação: Deixe aqui seu comentário - Recomende este artigo! « Voltar |
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