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Humaitá Pra Peixe mostra sua força e joga luzes sobre os alternativos


   
A banda carioca Luísa Mandou um Beijo, liderada pela vocalista Flávia Muniz, fez o primeiro show da noite de sábado (10/01) consciente do tempo que tinha disponível para mostrar sua música e seu tralho durante a apresentação na Sala Baden Powell. Foi uma noite dedicada à gravadora Midsummer Madness em agradecimento pelos serviços prestados à boa música independente, em quase 20 anos de existência.

O trompete de Schokbrou dava uma cara de festa e passava energia ao show. As poesias de grandes nomes como Herbert de Souza, recitadas por Flávia e a coesão do som feito pelo grupo, também formado por Christiano Xavier (bateria), PP (guitarra) e PC (baixo)eram mais um ponto forte. A novas canções do 2º álbum que está sendo lançando, como a bela "Mar Sem Sal", foram mostradas para os fãs e os demais presentes. "Parabéns para você" foi entoado em homenagem à vocalista que aniversariava naquele dia. Ela ainda brincou: "Nunca ouvi um Parabéns cantado assim por tantas pessoas". Mas não se assuste e nem desconfie, Flávia! Era nítido que estava vindo com muita sinceridade. Só ficou faltando um quê de mais atualidade, pois a banda ainda tem muita estrada para seguir


     
Supercordas dá cara de lual à noite no teatro de Copacabana
A sala onde está acontecendo a 15ª edição do Humaitá Pra Peixe fica a dois quarteirões da praia. Pedro Bonifrate (vocalista) e Diogo Valentin (baixista) cresceram na bela Paraty e a banda é reconhecidamente um conjunto que se propõem a fazer seu trabalho em um estilo do tipo rock psicodélico, que eles denominam de Rock Rural. A música de qualidade do grupo chama a atenção por propiciar que seja ouvida e curtida não só por músicos. Isto evita que se torne uma coisa hermética, ou seja, só apreciada por instrumentistas. Assim, todos aqueles apreciadores de música de qualidade podem curtir também. Os espectadores saíram do Teatro satisfeitos, mas achando que a banda podia ter ido mais adiante e mostrado algo um pouco diferente. Afinal, capacidade eles têm para isso.

O interessante é que esta atração pelo psicodelismo não gera alucinações e sim, poesia. "Folhas de papel" é uma destas canções. Ela e outras permitem aos componentes mostrarem seus dotes musicais, detalhes sonoros e criarem uma ambientação que faz os espectadores e praianos terem vontade de reunir os amigos, de chamar as namoradas e de pegar algumas garrafas de vinho para atravessarem a rua e acenderem uma lareira na areia. Só que isso seria possível se fosse na cidade do Sul Fluminense de onde vieram. Aqui, na capital, o papo é outro.






Foto(s) relacionada(s):   Supercordas e Luisa mandou um beijo em seus shows no HPP    


Classificação: Regular


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