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Madonna para todos os gostos e todos os tipos em seu show no Maracanã


     



O segundo show de Madonna (16/12) no Rio foi sem chuva. Isso permitiu que a chamada diva do Pop e seus dançarinos pudessem caprichar ainda mais nos passos, coreografias e fosse possível evitar escorregões e contratempos como o “estabaco” que a loura levou na apresentação do dia anterior da turnê de Sticky and Sweet. “Agredeço a vocês pelas rezas, pedindo que a chuva cessasse”, declarou ela.

E a superstar não se fez de rogada. Dona absoluta do palco, acompanhada de bailarinos, foi aclamada pela multidão que suportou quase uma hora e meia de atraso para o início do show. Porém, essa tolerância não durou muito. Alguns se impacientaram e começaram a gritar “Piranha”. Madonna não jogou para perder. Repetiu praticamente o repertório do espetáculo de domingo e impressionou os presente com os belos e impactantes recursos usados no espetáculo, principalmente nos telões.

Abriu com "Candy shop". Sucessos mais antigos não ficaram de fora. “Boderline”, “Into the goove”, “La isla bonita” e “Like a prayer” (com um roupagem mais moderna e mais rock and roll), além dos hits mais recentes de sua fase eletrônica, como “Give it 2 me” (assista ao vídeo acima) e “The beat goes on”, foram acompanhados calorosamente pela platéia de cerca 60 mil pessoas (menor do que a de domingo), platéia esta que cantava e vibrava alucinadamente.

No evento mais comentado do fim do ano, sem ser o especial de tv do Roberto Carlos, estrelas globais, claro, não podiam ficar ausentes. A bela Camila Pitanga foi uma delas. Os menos renomados e anônimos também chamavam atenção, não pela fama e, sim, pelo sarcasmo das frases que proferiam. Um deles chegou a comentar com um amigo ao lado, logo que a cantora norte-americana subiu ao palco: “Cara, ela está a cara da Joelma, da banda Calypso”. Só faltou ele chamá-la de "doce mel".

Um outro espectador sem noção gritava “Créu, Créu”, em todos os mementos em que a cantora se contorcia em cima no palco e rebolava em direção na direção do público. Para uma senhora de 50 anos é algo respeitável e mais surpreendente de se ver do que as mulheres, na casa dos 20 anos, da Gaiola das Popozudas e funqueiras similares.

              Madonna canta música pedida pelos fãs e veste a camisa canarinho

Fora Madonna, protagonista da noite, merece destaque a imagem de um desdentado, alucinado e com cara de faminto usando uma toca de fazer vergonha até no Carnaval, berrando o refrão de “Like a prayer”. Sua expressão de fanatismo foi exibida para todos os presentes no maior estádio do mundo, em uma uma tela de alta definição, no momento em que Madonna se aproximava daqueles que estavam mais perto da grade de proteção, desejosa em saber a música que os fãs queriam ouvir. Diferentemente do show da véspera, a artista aceitou a sugestão de um dos fãs e, usando a camisa da seleção brasileira, cantou "Express yourself". Além de uma noite sem chuva e um tempo melhor, até nesse detalhe o show do dia 16 foi superior.

Neste exato momento, duas questões ficaram indiscutíveis em sua vida. Só com uma reza forte, like a prayer, título de uma de suas músicas, se pode tirar aquela assombração da mente. A outra questão é que o lado glamouroso, e às vezes fútil, em que vive, pode ser também tenebroso. Mas a música tem o poder de dissipar esta imagem e fazer pessoas de mundos diferentes se aproximarem, nem que seja por alguns segundos. Afinal, traduzindo a letra de um de seus sucessos mais recentes, "Music makes the people come together", a música faz as pessoas se unirem.

Fotos: Ag News

Foto(s) relacionada(s):   Madonna faz um show melhor em sua segunda performance no Rio    


Classificação: Bom


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