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Diogo Nogueira e Moyseis Marques fazem o Carnaval começar mais cedo no Rio


     



     No último sábado (26/01) do tradicional Festival carioca Humaitá Pra Peixe, versão 2008, a Sala Baden Powell, palco dos shows, se transformou em uma espécie de grande baile Pré-Carnavalesco.

     A noite começou com um nome da nova safra do samba, Moyseis Marques, que tem em seu curriculum passagens por inúmeros grupos de samba e de forró e que, aos poucos, vem ganhando espaço e reconhecimento.

     O músico, de 28 anos, criado na Vila da Penha e nome forte no circuito badalado da Lapa, credita à garotada frequentadora de bares e rodas de samba do bairro o destaque que a música vem recebendo bem como o forte impulso para o recrudescimento do estilo.

     Sem delongas, Moyseis abriu o espetáculo com composições suas, “14 anos” e “Receita de Maria” e foi mostrando pérolas de artistas do naipe de Chico Buarque, Jorge Veiga e Jackson do Pandeiro.

     Estavam ao seu lado, dividindo o palco, excelentes músicos. Samuel, no sopro, foi um deles. Ao final, a platéia, já encantada por sua performance e por sua simpatia, se deleitou com “Mocotó do Tião” e “Fidelidade Partidária”, amabas em Partido Alto, na sua melhor qualidade. As mesmas pessoas que se acabaram de sambar, não deixaram um único cd do artista à venda no stand do Festival. No intervalo, correram ao bar para beber algo e rapidamente voltaram para conferir a aguardada perfomance de Diogo Nogueira.

     

Considerado a grande estrela da nova geração do samba, Diogo, de 26 anos, não jogou para perder. Cantando clássicos e grandes sucessos de Almir Guineto, Martinho da Vila, Beth Carvalho, Dona Ivone Lara e Zeca Pagodinho ("Deixa a vida me levar"), o filho de João Nogueira balançou a platéia do início ao fim. (assista ao vídeo)

Impulsionado pela boa repercussão do seu Dvd, recém lançado e gravado ao vivo no Teatro João Caetano, Diogo agradou as fãs, principalmente as mais atiradas, com um jeito bem despojado, vestindo uma camisa de sua Escola de Samba Portela, exibindo suas tatuagens e distribuindo sorrisos para todos e cantando suas próprias músicas como "Samba do Poeta" e "Fé em Deus".

Já tendo o samba de berço, emocionou a platéia e a si mesmo com a bela canção de seu pai “Espelho” e declarou: “Pude sentir a energia aqui e me arrepiar. Sem vocês, nada faz sentido”.

E a declaração pareceu soar verdadeira, já que, dos 11 aos 22 anos, o que sonhava era jogar futebol e chegou até a se profissionalizar. Só que uma lesão no joelho o fez abandonar seu antigo sonho e mergulhar de cabeça na música.

Hoje, fazendo parte do casting de uma grande gravadora (EMI), se não era seu destino se tornar uma estrela revelação do futebol, como o atacante do Milan, o gaúcho Alexandre Pato, ele, com certeza, conseguiu se tornar uma revelação bem sucedida em outra grande arte: o Samba.



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