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![]() Será que o cd agoniza mas não morre? Por Mauro Ferreira e Cadhu Cardoso ![]() Você anda gasta tempo e dinheiro comprando cd? Pense na nova geração! (foto). Vc acha que eles vão fazer isso? Faz 35 anos que o compact disc, popularmente conhecido como CD, foi lançado no mercado fonográfico mundial para, com som "puro", substituir o som velho e cheio de chiados do LP. Naquele já longínquo ano de 1982, ninguém acreditaria se alguém dissesse que os LPs, então decretados à morte, estariam mais vivos do que o CD em 2017, ainda que os cultuados vinis representem um nicho mercadológico específico. Mas o fato é o que o CD vem se tornando mídia cada vez mais obsoleta – como confirmam dados de relatório divulgado recentemente pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês) com dados do mercado fonográfico mundial em 2016. ![]() Os números referentes ao Brasil são desanimadores para quem ainda cultua o CD, formato dominante na áurea década de 1990 (a partir dos anos 200, quando a pirataria começou a diluir os lucros das vendas de CDs). Se no mundo as vendas de CD caíram 7,6% em relação a 2015, a queda no Brasil foi de estarrecedores 43,2%. Tanto que, se confrontada somente com o consumo de música digital (downloads e streaming), a receita obtida com a venda de CDs gerou somente 22,8% dos lucros do mercado fonográfico do Brasil em 2016. Já os downloads e streaming (este, o meio de consumo de música que mais cresce no mundo) já representam 77,2% da receita. Na prática, isso quer dizer que a indústria da música vai fabricar cada vez menos CDs, embora a tendência seja o formato permanecer no mercado, direcionado a nichos como os que consomem avidamente os ressuscitados LPs. Para quem cultua a arte gráfica dos discos, os LPs serão sempre soberanos. Já os que preferem um som mais puro e límpido, sem abrir mão de folhear um encarte com as letras das músicas e as fichas técnicas no disco, o CD será sempre a opção mais atraente. Os tempos são outros: Veja mais no "> ![]() O desafio vai ser onde comprar os CDs, já que as lojas físicas estão desaparecendo em quase todo o mundo (o mercado japonês é uma exceção porque, lá, o CD ainda é muito valorizado). A alternativa será comprar CDs em lojas virtuais ou nos shows dos artistas (prática, aliás, bem lucrativa). Por mais que o consumo digital dilua o conceito de álbum em favor dos singles, um álbum ainda tem a força de um cartão de visitas no mercado da música, servindo de gancho para o aparecimento do artista na mídia e fazendo girar a roda dos shows. Foto(s) relacionada(s): Os cds agonizam mas não morrem Classificação: não avaliado Deixe aqui seu comentário - Recomende este artigo! « Voltar |
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