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O encontro de duas gerações talentosas da MPB no Rio


João Bosco e a cantora Céu se apresentaram na noite de domingo no Vivo Rio, dentro do projeto Tom Acústico representando gerações distintas da MPB em diferentes épocas. A casa de shows do Aterro do Flamengo foi palco do encontro do consagrado cantor, compositor e violonista João Bosco com a jovem cantora e compositora paulista Céu, que vem alcançado e conquistando cada dia mais público entre todos os que apreciam MPB por todo o mundo.

O objetivo do encontro é integrar repertórios, reunindo artistas até mesmo de estilos diferente mas com afinidade musical. O formato dos shows do projeto é mais intimista, o que o diferencia das usuais performances de cada um. Embora possa parecer que pouco se conheciam, o que se viu foi um “casamento” de respeito mútuo e a constatação de que, musicalmente, possuem muito em comum. O repertório era um mistério. Só foi conhecido durante o espetáculo.

A promissora cantora e compositora Céu, muito comparada à famosa Bebel Gilberto, abriu a noite ao lado do João Bosco. Após a abertura, a bela morena ficou só no palco e declarou: “É um orgulho estar no Rio de Janeiro e ao lado deste grande mestre”. Cantou, então “A Roda” e comentou que depois de sua turnê pela Europa e Estados Unidos e Canadá estava muito feliz de estar se apresentando no Brasil e no Rio..

No palco, a cantora teve ao seu lado os músicos Guilherme Ribeiro (teclados) e Sérgio Martins (bateria) que, como todos os que a acompanham, contribuem para que ela mostre o seu talento e a sua extensão de voz. Como fruto da nova geração, Céu teve ao seu lado o Disc Jockey Marco mostrando com ela a boa fusão da de samba, reggae, hip hop, soul e jazz. Ao final, a jovem intérprete de 24 anos fechou com “Ave cruz” e convidou o músico mineiro para subir ao palco.

Na segunda parte do espetáculo, o aclamado violonista exibiu todo o seu talento ao lado de seu conjunto e mostrou músicas do novo cd “Obrigado, gente!" e encantou a todos com composições fantásticas como a sublime “Jade”. Sempre receptivo, João chegou a tocar “Caça a raposa” a pedidos de uma fã e fez questão de mostrar à platéia toda sua brasilidade ao lado de músicos como o guitarrista da banda Nelson Faria.

Ficou faltando, entretanto, a chance de se ouvir mais sua música. Clássicos como “Papel Machê” e o “Bêbado e o equilibrista” não fizeram parte do repertório e deixou a platéia frustrada por não ter tido a chance de se deleitar com o vasto e riquíssimo repertório deste fantástico artista. A noite valeu por “apresentar” o trabalho desta nova estrela da MPB e por se poder ouvir João Bosco mas deixou a sensação de que “faltou algo mais”. Os dois voltariam juntos mais uma vez ao palco para um último número porém, ficaram por só um “extra” e deixaram a impressão de que o que foi bom durou pouco.


Classificação: Bom


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