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Keane toca no Rio na hora certa


A apresentação do Keane no Citibank Hall, na última sexta, foi extraordinária. Tom Chaplin (vocal), Tim Rice-Oxley (piando e teclado) e Richard Hughes (bateria) mostraram que o grupo tem cara própria e está muito acima das comparações de que se trata de uma cópia do Coldplay.

Às 22:20, o grupo, sem pompa e alarde, entrou no palco da casa de shows da Barra, que recebia um ótimo público para a apresentação carioca, na primeira passagem da banda em turnê pelo Brasil, por ocasião do lançamento do segundo álbum do grupo “Under the Iron Sea”. O show começou com “The Iron Sea”. Em seguida, a banda tocou mais 17 canções, entre elas “Everybody is changing”, “Put it behind you” e “Somewhere only we know” músicas de seus dois únicos álbuns “Hopes and Fears” (2004) e “Under the Iron Sea” (2006).

O grupo Keane, nome inspirado em Roy Keane, estrela do Manchester United, conseguiu transformar um espetáculo, primeiramente intimista, em uma grande festa. Conforme declarou o líder da banda, Tom Chaplin, “O Rio é uma cidade com fama de ser uma cidade feliz e em festa. Então vamos fazer esta festa aqui hoje”. E esses pedidos foram prontamente aceitos pelos fãs.

Durante a apresentação de cerca de uma hora e meia, Chaplin, Hughes e Rice encantaram a platéia com suas músicas pop bem melodiosas, com forte peso nos sintetizadores e nos teclados que têm o recurso de usar bases programadas para emular sons de baixo e guitarra (instrumentos não usados pelos músicos, no palco). Essa postura difere bastante da postura adotada no primeiro trabalho, quando a banda manteve intacta a linha piano-baixo-voz, o que a levou à comparação com o som feito por Chris Martin do Coldplay.

A segunda parte do show aproximou ainda mais o Keane de seus fãs com o trio saindo do palco principal para uma passarela bem no meio do público, levando “Fly to me”, para delírio daqueles que acompanhavam ao pé-da-letra praticamente todas as músicas.

O vocalista Tom Chaplin, que esteve internado até antes da turnê, em decorrência do forte envolvimento com drogas e álcool, com o seu jeitão inglês da pequena cidade de Battle, ao sul da Inglaterra, se embeveceu com a receptividade dos fãs brasileiros e declarou: “È fantástico se apresentar em um local com esta atmosfera”.

O grupo voltou para o bis sendo ovacionado, pelos que ainda tinham voz, com os gritos de “Olê, Olê, Olé, Olé, keane ,Keane. Executaram, então, mais três canções. A bela “Cristal Ball” foi uma delas. Ao final, o tecladista Tim Rice-Oxley acenou para todos com uma bandeira do Brasil, o vocalista Chaplin prometeu voltar ao Rio em futuro próximo e se despediram, abraçados, de uma platéia extenuada mas, feliz.

Fica na memória o show do Keane que veio ao país no auge da carreira, depois de superar adversidades, fazendo um som coeso e com músicas melodiosas (sem baba). A frieza inglesa derreteu-se com o calor dos fãs em terras tropicais e permitiu que a banda proporcionasse a fãs e críticos que lá estiveram, um show empolgante, contagiante e inesquecível.

AVALIAÇÃO: ÓTIMO
SET LIST
The Iron Sea
Put it behind you
Everybody’s changing
Nothing in my way
We might as well be strangers
Bend and Break
Try again
The Frog pence
Hamburg song
Fly to me
Leaving so soon?
This is the last time
A bad dream
Somewhere only we know
Is it any Wonder?

BIS

Atlantic
Crystal Ball
Bedshaped


Classificação: Ótimo


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