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Rita Lee relembra o passado e agrada em cheio


    

Fotos Daniela Pinheiro 

Rita Lee realmente sabe das coisas. No show que apresentou na sexta no Vivo Rio, parcialmente lotado, para a gravação do DVD “Pic Nic” (que varre todas as fases da carreira da cantora), ela mostrou algumas músicas novas como “Insônia” (misto de Sidney Magal, Roberto Carlos e Beatles) e a sarcástica “Noia” cuja letra diz ”Não me vem falar de Jesus porque você é pecador) e deleitou os fãs e os Globais presentes. O ator Luiz Fernando Guimarães e o Diretor Daniel Filho eram alguns dos que cantavam sucessos consagrados como "Agora Só Falta Você”, “Escurinho no cinema”, “Doce Vampiro”, “Cor de rosa choque” e “Ovelha Negra”.

Irreverente como sempre, a paulistana disse que aos 63 anos é a vovó de Ipanema e que não irá sossegar enquanto a capital do Brasil não voltar a ser o Rio de Janeiro. Entre os componentes da ótima banda formada por Breno Giuliano (bateria), Allex Bessa (teclados), Débora Reis e Rita Kfouri nos vocais, estão seu marido Roberto de Carvalho (que dirige o show e que recebeu a declaração dela própria e ao vivo de ser o seu grande amor) e seu filho Beto Lee. Ambos fazem seus sons de guitarras limpas, que dão o tempero e a confiança exata para que a artista se esbalde no palco e comande bem o espetáculo.


Durante aproximadamente uma hora e meia, fez um show descontraído em que alfinetou Yoko Onu, ex-mulher de John Lennon, que, só após 8 anos de entraves jurídicos, permitiu que fosse gravada a música “I wanna hold your hand”, dos Beatles. Depois da autorização, Rita optou pela versão em ritmo de forró. “Que se foda, japa!” soou mais como um desabafo do que como uma provocação. Provocação mesmo aconteceu quando clamou a todos os presentes que aplaudissem e gritassem especificamente nos momentos que seriam usados para a gravação do show no Rio. “Essa cidade é um lugar onde gosto de estrear shows, pois me traz sorte”, afirmou a roqueira.

A paulistana, hoje com o título honorário de cidadã carioca, mostrou o seu habitual sarcasmo ao cantar o antigo hit “Bwana” e bradar: “Aí vai uma música que com o tempo virou cara de hino da Igreja Universal”. A platéia vibrou e pedia mais. Entre estas pessoas estava uma divertida e exagerada fã que exigia aos berros “On the rocks”, a toda passagem de uma canção para outra.

Seu pedido foi ignorado. Porém, ela não se incomodou. Rita cantou músicas dos Mutantes, a antiga Banho de espuma” (que não tocava há muito tempo), “Roll over Bethoveen”, de Chuck Berry e até mesmo um sucesso do grupo As Frenéticas. Ficou um clima alto astral, que marcou a noite. Ao final, houve tempo para um bis com “Erva Venenosa” e “Lança perfume”. Foi um encerramento com chuva de papel laminado, que dava a impressão de baile Pré-Carnavalesco. Rita Lee se despediu dizendo: “Rio, eu te amo”. Pelo que se viu, a recíproca é verdadeira.


Foto(s) relacionada(s):   Cadhu e Luiz Fernando Guimarães assistem ao show de Rita Lee    


Classificação: Ótimo


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