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Banda inglesa Kaiser Chiefs é o grande destaque do Festival Planeta Terra 2008


  
Este ano, as atrações internacionais do Festival tenderam mais para o bom e velho Rock and Roll. Mas aí estava o problema. Aqueles que desejavam ver as atrações do indie stage ou curtir um pouco de eletrônico tinham que sair desesperadamente de um local para o outro. Nessa correria, ainda foi possível ver a banda norte-americana Foals levar seu som pesado usando muito bateria e percussão e agradar o público menor que estava na área reservada para os grupos alternativos.

E vamos que vamos... Surgiu então o dilema da noite: Como assistir ao show do The Breeders, se ele rolava na mesma hora da apresentação do Bloc Party? Fiquei com a segunda opção. Os norte-americanos do Breeders têm seu valor mas os ingleses do Bloc Party já comprovaram, em seus 2 albuns lançados, que representam o novo e aquilo que é bem feito e produzido nessa geração que usa a tecnologia e a Internet para difundir, aprimorar e popularizar seu trabalho. Vale dizer que as opiniões daqueles que assistiram à apresentação do Breeders, registraram um bom show de Kim Deal (ex-baixista do Pixies) e sua banda.

Enfim, chegou a hora de se conferir a badalada revelação inglesa: Block Party. Com sua típica ironia britânica, o quarteto fingia parecer entender o que os fãs e espectadores diziam e levavam as músicas dos seu repertório. E a tática deu certo. “Banquet”, maior sucesso do grupo, fez a massa pular e “Hellicopter”, tocada na reta final do show com guitarra enfurecida de Russell Lissack, mostraram por que são tão respeitados e admirados no cenário alternativo internacional. Realmente, os caras têm valor. UFA! Então chegou a hora da aguardada apresentação do grupo britânico Kaiser Chiefs.

O quinteto de Leeds não se esquivou da responsabilidade de fechar com chave de ouro o evento e fez um excelente espetáculo. É fato também que os 800 mil watts de som só foram existentes mesmo no show da banda Kaiser Chiefs e que tecladista Nick Penault, operado em São Paulo na véspera do show, por causa de uma crise de apêndice, arregaçou as mangas. Ele tocou sentado em uma cadeira de rodas e foi acompanhado de perto por um médico.

O vocalista Ricky Wison, com seu jeito fanfarrão, não deixou a peteca cair. Pulava incessantemente de um lado para o outro do palco e, aos gritos de “Vamos São Paulo”, segurou firme o show por mais de uma hora. Claro que os hits “Ruby”, “I predict a Riot” (com ótima resposta da multidão que se acabou de dançar”), a debochada “Everyday I love you less and less” e a ótima “Everything is average nowadays” contagiaram a todos. Ao final, Ricky caiu nos braços da galera na última música “Oh my God”. Já eram 3 e meia da manhã. Os shows no Main Stage se encerraram mas o ritmo era intenso e era hora de ir para o DJ Stage curtir o fim da noite. E como a Terra não pára de girar, eu não inventaria de contrariá-la e fui nessa.

Foto: Reinaldo Marques/Terra

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